Lênin Landgraf
Mestre em História
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O nosso Balneário Cassino, rico em história e tradição, está vivendo um veraneio de ouro. Desde o início da pandemia da Covid-19 em 2020 e com o fantasma da crise econômica que nos assombra há alguns anos, não víamos o Cassino tão cheio e movimentado.

A "maior praia do mundo" vê seu público crescer exponencialmente aos finais de semana, mas desde meados de dezembro do ano passado é possível ver grande movimento em suas ruas. A primeira grande atividade do verão foi o espetáculo de Natal, organizado pela administração municipal, que levou milhares de pessoas à sua avenida principal. Paralelamente, vemos diversas atividades culturais, desportivas e de lazer acontecendo. Recentemente tivemos o show da banda Nenhum de Nós e a Parada Livre, que arrastaram multidões.

O tradicional "baile da igreja" segue lotando e os ensaios dos blocos de Carnaval dão o tom do que teremos em fevereiro. Eu estou no Cassino desde dezembro e afirmo com muita satisfação que é gratificante ver nosso balneário tão movimentado e com tantas atividades novamente. Essa sensação, claro, deve-se muito às liberdades pós pandemia.

Toda essa onda de movimento também impulsiona nossa economia. É importante que os lojistas e empreendedores cassinenses possam ter seu retorno financeiro garantido, levando-os a voltar nos próximos verões. Porém…

Nem tudo são flores

A enorme quantidade de pessoas em um só local também tende a trazer problemas. Uma das principais, também facilmente perceptível, é o caos no trânsito. Muito desrespeito, muita correria e pouca fiscalização. Na avenida Brasil, calçada recentemente, somente nesse verão já tivemos um atropelamento _ onde foi necessário insistir para que houvesse a presença da fiscalização de trânsito _ e algumas batidas com apenas danos materiais. O problema é claro: uma rua com mais de um quilômetro de extensão, em linha reta, calçada e sem nenhum tipo de redutor de velocidade. Se vê, por lá, uma verdadeira pista de corrida. Cabe perguntar: as autoridades tomarão providências (já solicitadas) ou deixarão uma tragédia acontecer?

Ainda, cabe ressaltar que muitos dos acessos à praia estão regularmente com "areia fofa", o que dificulta e até impede a passagem de alguns carros. É evidente que tal fenômeno é natural em uma praia com tantas dunas, contudo é necessário maior empenho para que as máquinas da Prefeitura _ de forma devidamente condizente com os parâmetros ambientais _ abram diariamente os caminhos.

Outra reivindicação histórica é o maior número de guaritas de guarda-vidas, uma vez que a última está instalada na altura da Querência, mas os banhistas se estendem por muitos quilômetros mais. O emprego de poucas guaritas é preocupante, afinal, estamos na "maior praia do mundo"... É preciso maior atenção a esses pontos.

Que continuemos assim

O cassinense raiz é aquele que ama nosso balneário tanto no verão quanto no inverno e, embora muitas vezes possa ficar chateado com uma fila maior aqui ou ali, tem paciência e entende que o paraíso onde vive não pode ser privado. A nossa recepção aos veranistas também importa.

O Cassino vive e, para continuar vivendo e crescendo, é preciso uma série de esforços conjuntos, que já estão acontecendo e precisam ser ampliados. Viva o Cassino!